O luto pode ser compreendido de duas formas, como a perda de reforçadores ou até mesmo conjunto de contingencias aversivo, também neste processamento de perda é comum surgirem tais comportamentos como: tristeza, vazio e raiva. (Costa, 2021). É difícil firma tais características aos que se enlutam, pois cada indivíduo tem a tendência a reagir de forma dinâmica ou singular. Diante do que ocorre na mudança ambiental da pessoa adaptar-se ao comportamento de esquiva para poupar a si mesma de maiores dores e frustrações, não querendo mais si expor a novas contingências.
Culturalmente quem perde alguém ou existe um rompimento de vínculo, a tendência é sentir tristeza, querer ficar só ou até mesmo querer colocar para fora aquilo que sente, em determinados momentos quem faz desta forma pode ser visto como alguém que precisa de tratamento, pois o que apreendeu-se a superar de forma rápida a tristeza. (é certo que em determinados momentos o luto pode se tornar patológico). No processamento do luto poder ser visto como um contato único, em que somente quem vivencia sabe as proporções de sentimentos que estão entrelaçados e não é a mesma coisa para todos que enfrentam a perda.
Em decorrência da perda, o luto será determinado de acordo com o repertorio comportamental do sujeito, onde é estabelecido em três níveis de seleção: Filogenético, Ontogenético e Cultural (Torres, 2019). Dentro da própria cultura é aprendido a fugir dos sentimentos de tristeza e esquivarmos daquilo que nos traga emoções negativas, onde a própria dor torna-se estímulo aversivo, sobrevivemos ao longo de nossa história aprendendo a lidar com a dor e fugir, superar rápido, não vivê-la, sendo que nos é tirado o direito de nos enlutarmos, para assim nos comportarmos a colocar para fora essas emoções encobertas. Culturalmente quem comporta-se demonstrando sentimentos tais como: choro, desanimo e luto é visto como fraco e frágil, porque socialmente as pessoas tem que demonstrarem que são fortes, não se abalarem muito, superação mais rápida possível, ou seja, não demonstrem suas fraqueza e assim vamos nos modelando ao sistema cultural como outrora falamos, nos é tirado o direito de viver esse luto, essa dor, essa perda e colocamos para fora tudo aquilo que nos machuca.
Referências
COSTA, Luis Henrique da Silva, O dilema chamado morte. 2021. 18 f. Trabalho de conclusão de curso (TCC) – Curso de Pós-graduação, União Brasileira de Faculdades – UNIBF, Paraíso do Norte, 2021.
TORRES, Nione. Luto humano como processo: refletindo aspectos teóricos e aplicando intervenções analítico-comportamentais. Portal Comporte-se & AC, 2019. Disponivel em: https://comportese.com/2019/06/27/luto-humano-como-processo-refletindo-aspectos-teoricos-e-aplicando-intervencoes-analitico-comportamentais. Acesso em 7 de maio de 2022.