O comportamento humano sempre foi algo muito curioso, surgindo assim inúmeras perguntas, por que você se comporta desse modo? Ou por que você emite este comportamento? Sendo que, já se ouviu até mesmo a frase famosa: Pau que nasce torto nunca se endireita. Segundo Skinner (1990), podemos observar cautelosamente o comportamento humano, sendo que, o objetivo é chegar a compreendê-lo.
O behaviorismo vem a surgir não como uma ciência do comportamento humano, mas, sim como uma filosofia desta ciência. Até então, a psicologia estava mais voltada para o estudo dos processos mentais subjetivos. Baum (2006), diz que a ideia central do behaviorismo foi formulada de maneira simples, onde os Behavioristas têm visões diferentes sobre o sentido dessas proposições.
Um dos objetivos da análise do comportamento como uma ciência é desenvolver princípios comportamentais gerais que podem ser aplicados igualmente a humanos e a não-humanos, tanto em laboratórios quanto em ambientes naturais (RODRIGUES, 2007, p. 16).
O Fisiologista Pavlov, desenvolveu em seus estudos o modelo de condicionamento operante, onde mais tarde viria a ser conhecido por reflexo operante, logo depois Whatson inspirado pelos estudos de Pavlov, aprofunda-se em um modelo de teoria que contrapunha a ideia mentalista que a psicologia apresentava.
Essa ciência do comportamento idealizada por Whatson não usaria nenhum dos termos tradicionais referentes à mente e à consciência, evitaria a subjetividade da introspecção e a analogias entre animal e o humano, e estudaria apenas o comportamento objetivamente observável. No entanto, mesmo nos tempos de Whatson, os behavioristas discutiam a propriedade dessa receita. Não era claro o que objetivo queria dizer, ou em que consistia precisamente o comportamento. Como esses termos ficaram abertos à interpretação, as ideias dos behavioristas sobre o que constitui ciência e como definir comportamento ao longo dos anos (BAUM, 2006, p. 24).
Segundo Konhlenberg e Tsai (1991), o behaviorismo radical tronar-se uma teoria riquíssima e profunda, onde ela busca encontrar a matriz que desenvolve ou desencadeia o comportamento humano.
Na ideia de que é possível uma ciência do comportamento está implícito que o comportamento, como qualquer objeto de estudo cientifico, é ordenado, pode ser explicado, pode ser previsto desde que se tenham os dados necessários e pode ser controlado desde que se tenham os meios necessários. Chama-se a isso de determinismo, a noção de que o comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente (BAUM, 2006, p 25).
Para Borges et al. (2012), o comportamento respondente é uma relação que se torna fidedigna na qual um especifico estímulo vem a produzir uma resposta especifica em um determinado organismo. Sendo que, este comportamento respondente é como a relação de estímulo que evoca a resposta.
Dentro deste contexto o terapeuta auxilia o seu cliente durante a sessão, sendo que o terapeuta com suas ações não venha a afetar o comportamento do cliente. Onde parte destes comportamentos encontram-se sobre controle discriminativo.
Os comportamentos verbais das mais complexas relações comportamentais referidas como sentimentos, emoções e pensamentos são produtos de uma cultura que promove de modo mais abrangente padrões de relacionamentos com o físico e social, que o definem (TOURINHO, 2009, p. 23).
Para que se venha entender de forma mais clara estes comportamentos, Costa e Marinho (2002), fala que existe um método que promove a identificação destas variáveis comportamentais, onde ela nomeia de Analise funcional. Onde elas tornam-se probabilidades e não determinadas, podendo variar com o tempo e podendo ter limite.
A relação terapêutica traz assim condições ideais, para esses princípios sejam colocados em pratica. Em alguns casos, o comportamento de esquiva emocional é visto como comportamento problema, ele ocorre na sessão (em momento de intimidade e afeto), e ao ser observado e sinalizado pelo terapeuta, coloca o cliente em contato com a situação aversiva e com sentimentos que ela produz (BRANDÃO, 1999, p. 181).
REFERENCIAS
BAUM, William M. Compreender o behaviorismo: comportamento e evolução/ tradução Maria Teresa Araújo Silva … [et al]. 2. Ed. Ver. E ampl. – Porto Alegre: Atmed, 2006.
BORGES, Nicodemos Batista, et. Al. Clínica Analitico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Atmd, 2012.
COSTA, Silvana Elisa Gonçalves de Campos; MARINHO, Maria Luiza. Um modelo de apresentação de análise funcionais do comportamento. Estud. psicol. (Campinas), Campinas , v. 19, n. 3, p. 43-54, Dec. 2002 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2002000300005&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Nov. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2002000300005.
Kohlenberg, R.J., & Tsai, M. (2001). Psicoterapia Analítica Funcional: Criando Relações Terapêuticas Intensas e Curativas. Trad. Org. R.R. Kerbauy. Santo André, SP: Esetec. (Trabalho original publicado em 1991).
RODRGUES, Josele Abreu, Analíse do comportamento: pesquisa, teoria e aplicação, Porto Alegre: Atmed, 2007.
SKINNER, Burrhus Frederic, 1904 – 1990, Ciência e comportamento humano/ B. F. Skinner: tradução João Carlos Todorov, Rodolfo Azzi, – 11º ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2003. – (coleção biblioteca universal).
TOURINHO, Emmanuel Zagury, Subjetividade e relações comportamentais, 1. Ed. São Paulo: Paradigma, 2009.