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‘Depressão pós-Carnaval’: Como lidar com a tristeza pós-fim de feriado

O encerramento das festividades geram impactos físicos e emocionais no corpo, diminuindo a produção de hormônios relacionados à felicidade e bem-estar. É comum sentir uma certa melancolia e desânimo após o Carnaval, fenômeno conhecido como “depressão pós-Carnaval”. Para lidar com esse período de transição, é importante praticar cuidados com a saúde mental e física. Uma boa maneira de superar essa tristeza é reservar um tempo para descansar, se alimentar de forma saudável, praticar exercícios físicos, manter-se hidratado e estabelecer uma rotina de sono regular.

Além disso, buscar o apoio de amigos e familiares, conversar sobre seus sentimentos e emoções, e até mesmo realizar atividades que tragam prazer e relaxamento podem ajudar a amenizar os sintomas da “depressão pós-Carnaval”. Lembre-se de que é normal sentir essa melancolia e que cuidar de si mesmo é fundamental para superar esse período e retomar o equilíbrio emocional.

Após o término da efervescência e alegria dos blocos de Carnaval, é comum surgir a conhecida “depressão pós-Carnaval”. Essa sensação se justifica pelo retorno à rotina de trabalho após o feriado, desprovido das festividades nas ruas. Nas redes sociais, entre lamentações e queixas, alguns internautas já expressam anseio pela folia do próximo ano, chegando a mencionar a “depressão pós-Carnaval”.

Especialistas abordam se o fim das celebrações pode desencadear a condição clínica que mais contribui para a incapacidade no mundo, como aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora o Carnaval proporcione uma pausa agradável, flexibilizando compromissos e tarefas, é nessa flexibilidade que reside o perigo. A psicóloga Monica Machado explica: “A tristeza e o vazio pós-feriado estão associados ao retorno à rotina. Por um curto período, conseguimos nos libertar das máscaras e viver de forma mais intensa. Contudo, em seguida, voltamos à nossa vida cotidiana”.

Essa transição abrupta entre a euforia carnavalesca e a realidade de acordar cedo para cumprir responsabilidades é desafiadora para todos. A psicóloga ressalta que “existe um abismo entre o entusiasmo do Carnaval e a monotonia da rotina, levando até mesmo a um vazio existencial nesse período”.

Para Cláudio Paixão, doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), a melancolia experimentada por muitas pessoas após o período do Carnaval é considerada uma reação natural. Segundo o professor, que ministra aulas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “Enquanto se associa a depressão a um estado de declínio, o Carnaval representa o oposto, sendo um momento de auge e intensidade.” Ele explica que a transição de um cenário festivo e agitado de volta à rotina diária pode desencadear essa sensação de tristeza. Paixão ressalta que “A verdadeira depressão não está atrelada ao ambiente externo; ela se manifesta independentemente do contexto.”

Durante festividades como o Carnaval, as pessoas se entregam à celebração, porém, ao confrontarem a realidade cotidiana, podem se sentir deslocadas. Por outro lado, indivíduos que já sofrem de depressão podem experimentar um agravamento dos sintomas durante esses eventos, incapazes de se conectar com os outros e presos em seus próprios sentimentos. Paixão compara essa situação à conhecida “depressão de segunda-feira”, que sucede um final de semana prazeroso. Quanto ao termo “depressão pós-Carnaval”, o psicólogo sugere que essa expressão tenha emergido no senso comum, como uma maneira de descrever esse estado emocional peculiar.

Embora possa parecer trivial, para algumas pessoas, a chamada “depressão pós-Carnaval” é um assunto sério. Segundo especialistas, o retorno à rotina após o período festivo pode desencadear repercussões tanto físicas quanto emocionais. Sintomas como fadiga, falta de energia, perda de apetite ou desânimo podem surgir. Nesses casos, é aconselhável procurar auxílio psicológico, lembrando-se sempre da importância de cuidar da saúde mental.

A psicóloga Monica Machado oferece uma dica valiosa: durante o período de festividades, é benéfico manter parte da rotina habitual para evitar uma completa desadaptação à vida cotidiana.

Por fim, vale ressaltar que a diminuição na produção de adrenalina e outros hormônios ligados à felicidade e satisfação é um dos principais impactos no organismo após o fim das festas. Assim, a recomendação é aproveitar esse momento para se engajar em atividades físicas como dança e musculação, contribuindo para o bem-estar geral.

O professor Cláudio Paixão concorda com essa perspectiva. Ele destaca que o período pós-Carnaval, assim como a segunda-feira, só se revela desfavorável para aqueles que não tiram proveito da semana, não se divertem e não buscam vivenciar experiências enriquecedoras diariamente. Paixão encoraja aqueles que se encontram nessa situação a gradualmente transformarem suas rotinas, preenchendo suas vidas com momentos positivos. Ele ressalta que cada indivíduo é responsável por cultivar esses momentos, seja por meio da leitura ou de conversas significativas. Em sua visão, é fundamental buscar bem-estar, apreciar as pequenas alegrias do cotidiano e não se limitar apenas ao período carnavalesco ou às festividades.

O período pós-Carnaval pode desencadear a “depressão pós-Carnaval” devido à transição da euforia festiva para a rotina diária, provocando melancolia e vazio. Especialistas explicam que essa reação é natural, podendo afetar tanto emocional quanto fisicamente. Recomenda-se buscar ajuda psicológica se necessário e manter parte da rotina habitual durante as festividades para facilitar a adaptação. Atividades físicas e experiências enriquecedoras após o Carnaval podem contribuir para o bem-estar e superar a transição.

Fonte: institutohumanita; claudia.abril

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