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CUIDADOS PALIATIVOS E OS CUIDADOS NO FINAL DA VIDA

RESUMO

Introdução: Os pacientes que enfrentam doenças terminais podem ter necessidades complexas, que vão além da gestão da dor, incluindo aspectos emocionais, sociais e espirituais. Os profissionais de saúde devem estar preparados para fornecer uma abordagem abrangente e personalizada para atender a todas essas necessidades. Objetivo: explorar como os profissionais de saúde de diferentes especialidades trabalham juntos para fornecer cuidados abrangentes e de alta qualidade aos pacientes que enfrentam doenças terminais. Resultados e Discussão: O tema de cuidados paliativos e cuidados no final da vida envolve uma abordagem interdisciplinar para fornecer cuidados abrangentes e de alta qualidade aos pacientes. Para realizar esta abordagem, os profissionais de saúde de diferentes especialidades trabalham juntos para fornecer cuidados personalizados que levem em conta as necessidades do paciente e de sua família.  Conclusão: Os profissionais de saúde devem trabalhar em colaboração com pacientes e familiares para garantir que os cuidados sejam personalizados e levem em conta as preferências do paciente.

Palavras-chave: Dor; Aceitação; Subjetividade; Alívio.

 

INTRODUÇÃO

Cuidados paliativos e cuidados no final da vida são áreas fundamentais da saúde multidisciplinar, que visam melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves e terminais. Os cuidados paliativos apresentam-se como uma esfera do cuidado que surge com o objetivo de suprir a uma demanda crescente de pacientes fora de possibilidades de cura terapêutica e que vinham sendo marginalizados e mal assistidos (SILVA ET AL, 2021),

A abordagem interdisciplinar é essencial para a prestação de cuidados paliativos e cuidados no final da vida, envolvendo uma equipe de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e capelães, que trabalham juntos para fornecer o melhor cuidado possível. 

Além disso, considerações éticas devem ser levadas em conta, como a tomada de decisão compartilhada, a autonomia do paciente e o respeito pelos cuidados no final da vida (SOUZA, JARAMILO, DA SILVA BORGES, 2021).

METODOLOGIA

O trabalho é uma revisão bibliográfica, ou seja, revisão de literaturas, onde buscou-se sistemáticamente em livros, artigos, teses, revistas e capítulos de livros indexados nas bases de dados: Google acadêmico, Scielo (Scientific Eletronic Libray Online), BVs – Psi, entre os anos 2016 à 2022, através dos buscadores: cuidados paliativos, Fim de vida, Equipe multidisciplinar, Alivio da dor, após esse processo  aplicou-se uma leitura seletiva de cunho mais aprofundada das partes que realmente seriam coerentes para o desenvolvimento do trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O desenvolvimento dos cuidados paliativos e cuidados no final da vida é um processo contínuo e uma constante evolução, esses cuidados estão enraizados em uma abordagem interdisciplinar e em uma filosofia centrada no paciente e na promoção de qualidade de vida (GLORIA et al, 2022).

Uma das principais preocupações em cuidados paliativos e cuidados no final da vida é a gestão do sofrimento, sendo uma experiência subjetiva e pode ser difícil de medir, mas o importante e a qualidade de vida do paciente. Neste sentido as ações de uma equipe em cuidados paliativos são permeadas por muitos desafios, principalmente no que se refere a proporcionar conforto e esperança ao paciente (AQUINO DA SILVA, 2016).

Para Pires et al. (2020) promover alívio a dor vai muito mais além de prescrições de analgésicos e fármacos, sendo necessário abordar as questões psicossociais e espiritual. Os profissionais de saúde devem estar preparados para avaliar e tratar a dor do paciente de forma eficaz, considerando as necessidades individuais do paciente.

Além da gestão da dor, os cuidados de enfermagem também são fundamentais em cuidados paliativos e cuidados no final da vida. A participação ativa dos enfermeiros e técnicos de enfermagem, a iniciativa deve estar comprometida no desenvolvimento de ações de qualidade assistencial e principalmente no manejo da dor e da integralidade no cuidado (PAIVA ET AL, 2021). Os cuidados de enfermagem também incluem a manutenção da dignidade e do conforto do paciente.

A comunicação eficaz com pacientes e familiares também é essencial pois os profissionais de saúde devem estar preparados para fornecer informações claras e precisas sobre o estado de saúde do paciente e para ouvir e responder às preocupações e dúvidas dos familiares. A comunicação eficaz pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse dos pacientes e familiares, permitindo que eles se sintam mais preparados para enfrentar os desafios que estão por vir (DE LAMARE, CASTRO-ARANTES, BIANCO, 2019).

De acordo com Alves et. al (2019), o psicólogo é o profissional que atua acolhendo e intervindo nas questões subjetivas do paciente, familiares e sempre em articulação com a equipe. O apoio emocional é outro aspecto fundamental dos cuidados paliativos e cuidados no final da vida, já que s pacientes experimentam uma ampla gama de emoções, incluindo ansiedade, medo e depressão.

De acordo com (MAINGUE ET AL, 2020) as considerações éticas são essenciais em cuidados paliativos e cuidados no final da vida. Os profissionais de saúde devem estar cientes das considerações éticas e trabalhar em colaboração com pacientes e familiares para fornecer o melhor cuidado possível. Isso inclui a tomada de decisão compartilhada, a autonomia do paciente e o respeito pelos cuidados no final da vida.

Os cuidados paliativos é uma parte fundamental da saúde multidisciplinar. Esses cuidados exigem uma abordagem interdisciplinar, gerenciamento adequado da dor, cuidados de enfermagem de alta qualidade, comunicação eficaz e apoio emocional, bem como considerações éticas adequadas. Neste sentido a equipe multiprofissional vivencia essa mudança de paradigma nos cuidados, buscando a melhor qualidade de vida de cada paciente (PERREIRA, DA CUNHA BELLNATI, DA SILVA, 2021).

CONCLUSÃO

Em suma, os cuidados paliativos e cuidados no final da vida são uma parte essencial da saúde multidisciplinar e devem ser considerados como uma prioridade para garantir que os pacientes recebam o melhor cuidado possível. Para (DADALTO, 2022) o sofrimento e o medo podem ser companhias constantes no final da vida, sendo elas vivenciadas pelo paciente ou pelos seus entes queridos. Sendo assim necessário a comunicação eficaz e o apoio emocional são elementos críticos para fornecer cuidados paliativos e cuidados no final da vida de qualidade.

Além disso, as considerações éticas devem ser levadas em conta, e os profissionais de saúde devem trabalhar em colaboração com pacientes e familiares para garantir a melhor tomada de decisão possível.

Os cuidados paliativos é uma demonstração de respeito pela vida e pelo processo de morte. Eles ajudam a garantir que os pacientes sejam tratados com dignidade e respeito, permitindo que vivam com conforto e qualidade em seus últimos dias.

REFERÊNCIAS

ALVES, Railda Sabino Fernandes et al. Cuidados paliativos: alternativa para o cuidado essencial no fim da vida. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, 2019.

AQUINO DA SILVA, S. M. Os Cuidados ao Fim da Vida no Contexto dos Cuidados Paliativos. Revista Brasileira de Cancerologia[S. l.], v. 62, n. 3, p. 253–257, 2016.

DADALTO, Luciana. Cuidados paliativos: Aspectos jurídicos. Editora Foco, 2022.

DE LAMARE, Renata; CASTRO-ARANTES, Juliana; BIANCO, Anna Carolina Lo. A escuta do paciente em cuidados ao fim de vida: entre a ética biomédica e a ética do sujeito. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, v. 22, n. spe, p. 28-43, 2019.

GLÓRIA, Fabiana Pereira et al. Cuidados paliativos como terapêutica no conforto do paciente. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 7, p. e10753-e10753, 2022.

MAINGUÉ, Paula Christina Pires Muller et al. Discussão bioética sobre o paciente em cuidados de fim de vida. Revista Bioética, v. 28, p. 135-146, 2020.

PAIVA, Carolina Fraga et al. Aspectos históricos no manejo da dor em cuidados paliativos em uma unidade de referência oncológica. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, 2021.

PEREIRA, Clarissa Peruzzo; DA CUNHA BELLINATI, Natalia Veronez; DA SILVA, Bruna Fernanda. Fragilidades e potencialidades da equipe multiprofissional no desenvolvimento dos cuidados paliativos em Unidade de Terapia Intensiva. Research, Society and Development, v. 10, n. 9, p. e22210917989-e22210917989, 2021.

PIRES, Isabella Batista et al. Conforto no final de vida na terapia intensiva: percepção da equipe multiprofissional. Acta Paulista de Enfermagem, v. 33, 2020.

SILVA, Alexandre Ernesto e cols. Cuidados paliativos: definição e estratégias utilizadas na prática médica. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , v. 10, não. 1 pág. e18810111585-e18810111585, 2021.

SOUZA, Mariana; JARAMILLO, Rosângela Garcia; DA SILVA BORGES, Moema. Conforto de pacientes em cuidados paliativos: revisão integrativa. Enfermería Global, v. 20, n. 1, p. 420-465, 2021.

 

Autores:

Luís Henrique da Silva Costa, Psicólogo, Pós-graduado em Cuidados paliativos pela faculdade Serra Geral.

Daniela Marcelino, Fisioterapeuta pela faculdade Claretiano, Mestra em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca- Unifran, Doutoranda em promoção de Saúde pela Universidade de Franca- Unifran.

Rosivalda Ferreira de Oliveira, Enfermeira no Hospital Ophir Loyola no Belém do Pará

Henrique Cananosque Neto, Mestrando em Docência para Educação Básica pela Universidade Paulista UNESP.

Carina Luzyan Nascimento Faturi, Enfermeira no Hospital Emesto Domelles Porto Alegre RS.

Sandra da Silva Calage, Enfermeira no Hospital Domelles Porto Alegre RS.

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