Introdução: A era digital transformou profundamente a forma como vivemos, comunicamos e interagimos. No entanto, essa revolução tecnológica também trouxe desafios relacionados à saúde mental, com um aumento notável da ansiedade. Objetivo: Analisar os fatores que contribuem para o aumento da ansiedade na era digital e discutir estratégias para enfrentar esse problema. Metodologia: O trabalho e uma revisão bibliográfica, ou seja, revisão de literaturas, onde buscou-se sistematicamente em livros, artigos, teses, revistas e capítulos de livros indexados nas bases de dados: Google acadêmico, Scielo (Scientific Eletronic Libray Online), BVs – Psi, Google Acadêmico, entre os anos 2018 a 2023, aplicando uma leitura seletiva de cunho mais aprofundada das partes que realmente seriam coerentes para o desenvolvimento do trabalho. Resultados: Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, onde smartphones, redes sociais e a constante exposição a informações digitais fazem parte do nosso cotidiano. Embora a tecnologia tenha trazido inúmeros benefícios, também tem gerado preocupações significativas em relação à saúde mental. A pressão por desempenho online é um dos principais fatores que contribuem para a ansiedade na era digital. Nas redes sociais, muitos buscam a validação social por meio de likes, comentários e seguidores. Essa busca incessante por aprovação pode criar uma ansiedade de desempenho, levando à constante comparação com os outros e à sensação de inadequação. O medo de estar sempre conectado é outra manifestação da ansiedade digital. A constante disponibilidade de dispositivos eletrônicos pode nos fazer sentir a obrigação de estar “ligados” o tempo todo, dificultando a desconexão e o relaxamento. Isso afeta negativamente nossa capacidade de desligar e descansar, contribuindo para níveis elevados de ansiedade e estresse. A sobrecarga de informações é uma terceira causa importante de ansiedade na era digital. Vivemos em uma era em que somos constantemente bombardeados com informações e notícias, muitas vezes de natureza perturbadora. Essa exposição contínua a informações pode sobrecarregar nosso psicológico e levar ao aumento da ansiedade. Além disso, o uso excessivo de tecnologia pode substituir interações sociais face a face, contribuindo para o isolamento e a solidão. O contato humano genuíno é fundamental para a saúde mental, e a falta dele pode aumentar os níveis de ansiedade. Para enfrentar a ansiedade na era digital, é essencial adotar estratégias de uso consciente da tecnologia. Isso inclui definir limites de tempo para o uso de dispositivos eletrônicos, desativar notificações que interrompem constantemente nossa atenção e aprender a desconectar-se quando necessário. A educação em saúde digital desempenha um papel crucial na conscientização sobre os impactos da tecnologia na saúde mental. Ensinar habilidades de gerenciamento de estresse, promover o equilíbrio entre a vida online e offline e incentivar o apoio emocional face a face são medidas importantes. Reconhecer esses desafios, adotar práticas saudáveis de uso da tecnologia e buscar apoio quando necessário são passos essenciais para preservar nossa saúde mental em um mundo digitalizado em constante evolução. Conclusão: A ansiedade na era digital é um desafio relevante que afeta indivíduos em todo o mundo. Reconhecer os fatores que contribuem para essa ansiedade e adotar práticas saudáveis de uso da tecnologia são passos cruciais para preservar nossa saúde mental em um mundo cada vez mais digitalizado. Além disso, é importante continuar a pesquisa e o diálogo sobre esse tema, a fim de encontrar soluções eficazes e promover um equilíbrio saudável entre a tecnologia e bem-estar.
Palavras-chave: Saúde Mental; Impulsividade; Medo.
REFERÊNCIAS
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TOSI, Lamia Jorge Saadi. Educação na era digital e a reinvenção da escola. Educação e Tecnologias em debate: perspectivas sobre diferentes do conhecimento. São Carlos: Pedro & João Editores, p. 59-71, 2020.
LIVINGSTONE, Sonia. A classe: vivendo e aprendendo na era digital. Comunicação & Educação, v. 23, n. 1, p. 127-139, 2018.
Coordenação:
¹ Luís Henrique da Silva Costa; ² João Mário Lima de Sá; ³ Joelina da Silva Miranda; 4 Josélia C. Lima Veras
¹ Psicólogo, Pós-graduado em Saúde Pública com Ênfase na Saúde da Família, Maranhão, Brasil; ² Psicólogo, Pós-graduado em Psicologia Hospitalar, Maranhão, Brasil; 3 Psicóloga, Pós-graduada em Saúde Mental, Maranhão, Brasil; 4 Psicóloga, Pós-graduada em Neuropsicologia, Maranhão, Brasil.
